
Nasceu em Ritanópolis, então distrito de S. João Del Rei, em 1941, sétimo dos 10 filhos de Francisco José de Souza e Zilda Rodrigues.
A mãe, com muita visão de futuro, batalhou sozinha pela formação e educação dos filhos. Com muito empenho e dedicação, que todos os filhos estudassem, enviando-os para colégios internos de Jesuítas no Rio de Janeiro ou para Salesianas, em S. J. Del Rei.
Com 10 anos de idade, José Ribeiro Neto foi para o colégio interno dos padres salesianos em 1952. Aluno precoce, foi dispensado de cursar o então Admissão, ingressando diretamente na 1ª série ginasial. Bom aluno, sempre esteve presente entre os cinco primeiros colocados na classificação mensal de suas turmas.
José Ribeiro Neto sempre gostou de praticar esportes. Gostava de jogar futebol e tênis. Nesse ambiente de muito estudo e esportes o tempo foi passando. Veio a formatura na 4ª série ginasial. Depois veio o curso clássico que passou rápido. Ingressou na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciência e Letras em S. J. Del Rei, cursando Letras Anglo-germânicas. Complementou o curso com mais 1 ano de Licenciatura habilitando-se como professor de Português e Inglês.
Mas essa não era a sua meta. Queria algo mais. Essa primeira etapa serviu como trampolim, para que pudesse galgar outro degrau: o curso médico. Não tendo quem sustenta-lo na escola de medicina, precisou se formar como professor para dar aulas e, com isto, conseguir sustento e dedicar-se ao estudo da Medicina.
Em 1968, lecionou no Colégio Champagnat e Colégio Militar da Pampulha, ambos em Belo Horizonte. Em 1969, enquanto lecionava num período do dia, fazia o cursinho Pré Vestibular Palomar.
Em 1970, faz o primeiro e único vestibular para medicina na UFMG, tendo sido aprovado. Durante o curso de medicina frequentava a Escola de Medicina, de 08:00 às 18:00h e de 19:00 às 22:30h ia para o cursinho Champagnat.
Os anos de acadêmico (1970-1975) constituíram um período de muitas dificuldades, principalmente financeira, porque a escola exigia dedicação quase exclusiva. Já casado e com uma filha, a Juliana, mantinha a família com as aulas que ministrava à noite. Tempo para estudar? À noite, depois que saída do cursinho, após 23h. Até quando? Às vezes até o amanhecer do dia. E os livros? Tinham que ser comprados à prestação, quando conseguia compra-los. Na maior parte das vezes, pegava-os emprestados dos colegas mais abastados, usava-os a noite toda, com o compromisso de devolvê-los no dia seguinte. Com tudo isso, ainda conseguia manter-se entre os 35 primeiros alunos da turma de 160 alunos.
De julho/1975 a dezembro de 1977 fez residência médica em Pediatria no Hospital Santa Monica, hoje Hospital Belo Horizonte. Nesse período, em 1977, nasceu Flavia. Quase não viu Flavia crescer. O ritmo da residência medica era muito severo e envolvente. Era dedicação exclusiva, com proibição de qualquer outra atividade fora do Hospital. A Flávia deu muito problema de ouvido. E, ironia da vida, hoje a Flávia é fonoaudióloga, com grande paixão pela audiologia.
Em janeiro/1978, ingressou no Hospital Marcio Cunha, morando no Carirú. Nesse período foi convidado para ser pediatra no Orfanato Mundo Infantil, na Furquilha. Na época o assalto não chegava até o orfanato. No tempo das chuvas, tinha que deixar o carro longe do destino, arregaçar as calças e continuar a pé até chegar ao local de trabalho. Foram vários anos de dedicação e trabalho incondicional àquelas crianças.
Em 1980 nasceu a Beatriz, que teve mais sorte, porque, nessa altura, o pai já dispunha de um pouquinho mais de tempo para dedicar-se à sua família.
Em 1982, participou da fundação da UNIMED VALE DO AÇO que começava um longo gatinhar. Nesse mesmo ano, mudou-se para a Cidade Nobre.
Em 1996, foi convidado para participar da Diretoria Executiva da Unimed Vale do Aço, no cargo de Diretor Administrativo, função que exerceu até 1997. Nessa época a cooperativa tinha 17 funcionários e 3 computadores, ocupando 3 salas no edifício J.G. Shopping.
Nesse período, comprou-se a Pronto Clinica Unimed, que foi todo reformado e inaugurado como Hospital Unimed Ipatinga em novembro de 1907. Outro marco importante foi a implantação do Departamento de Saúde Ocupacional e a inauguração da UNICRED.
Em 1998 participou da Diretoria Executiva da Unimed Vale do Aço, ocupando o cargo de Diretor Presidente, no triênio 1998/2000. Foi reconduzido ao mesmo cargo por mais um triênio 2001/2003. Marcos importantes nesse período: construção da sede própria, aquisição do Hospital Nossa Senhora do Carmo, compra da sala onde funcionou o escritório de Fabriciano, além de conquistar os prêmios: Unimed Destaque no sistema mineiro em 2001, premo NOTORIUS em 2002 e 2003, e colocando a cooperativa no ranking das 300 maiores empresas no Estado de Minas Gerais. Enfim, os números atuais mostram todo o seu desempenho frente à cooperativa.
Mas atras de grandes realizações existe sempre uma grande família, amigos, colegas de trabalho, time de apoio sem o qual nada se construiria.
Relato de sua esposa Maria da Gloria Guimarães Ribeiro.